Foi dado início, nesta terça-feira (16), a 8ª Edição do Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático para profissionais da Segurança Pública Nível Básico. O curso está sendo realizado na Escola Superior da Polícia Civil (ESPOL). Profissionais da Polícia Civil, Polícia Militar e da Polícia Penal participam da capacitação.
O curso integra a grade de qualificaçoes oferecidas pela Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública e tem como objetivo de aprimorar juntos aos profissionais técnicas para diminuir as incidências de vitimização policial em ocorrências. A meta é que sejam reduzidos em 30% os casos de mortalidade de policiais em serviço, conforme prever o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social para os próximos 10 anos.
“O projeto se enquadra justamente nessa meta, em que o principal objetivo é reduzir a vitimização policial. O curso é voltado para os profissionais de segurança, que são feridos durante o enfrentamento à criminalidade”, explica Sargento Maia.
GRADE CURRICULAR
O curso tem duração de 30 horas-aulas e é divido em quatro momentos, sendo o primeiro teórico. Seguido por técnicas de salvamento quando envolve situação com exposicao ao fogo ou em área de troca de tiro, também chamada de Zona Vermelha.
A terceira parte do curso trata do atendimento em campo tático, ou Zona Amarela, em que o policial está abrigado, mas em situação de relativo risco. E, por fim, a evacuação para o hospital.
“A parte teórica do curso é dividida dessa maneira. No último dia, pegamos todo esse conhecimento aprendido durante o curso e realizamos as práticas simuladas, em que cada oficina os alunos são testados em uma competência”, destaca Tenente Dória, que também ministra o curso.
VALORIZAÇÃO DA VIDA DOS POLICIAIS
“Eu perdi dois colegas de turma no ano passado, os dois de serviço. É imensurável a dor pra viúva e para o filho que ficaram, é imensurável pra mãe que ficou. Isso não quantifica para aquelas pessoas”, contou o Tenente Dória.
O aperfeiçoamento dos profissionais da segurança também é valorizar a vida dos policiais, que todos os dias se expõem a riscos para garantir e promover segurança e justiça para os cidadãos.
“Vamos capacitar, aproximadamente, quatrocentos profissionais. Se houver um atendimento que salve a vida do policial, já ganhamos o ano. Uma vida salva ela não tem preço”, concluí o Sargento Maia.
O PROJETO
A Secretaria de Gestão e Ensino (SEGEN), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, é a pasta responsável pelo projeto, que, no entanto, também conta com o envolvimento das demais secretárias da pauta da segurança pública. Além da SEGEN, também participa a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) e a Secretaria de Operações (SEOPI).
Esse é o primeiro curso do projeto a ser realizado em Palmas e foi ministrado pelo Tenente Doria (BA), Sargento Maia (PE), Soldado Alessandro (RS) e pelo Dr. Thiago Braga (RS). O curso será encerrado na próxima quinta-feira (18).
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO
O SINPOL-TO tem levantado a bandeira da valorização dos Policiais Civis, principalmente quando se trata de projetos com o objetivo de preservar a vida desses dedicados profissionais. A presidente do SINPOL-TO, Suzi Francisca, defende que a qualificação dos servidores é uma das mais importantes ferramentas de valorização dos policiais civis.
“O SINPOL apoia todo e qualquer projeto voltado à qualificar nossos policiais civis, são iniciativas como essas que tem nos permitido ter uma polícia competente e humana. Outro ponto de extrema importância é a qualificação dos nossos policiais com cursos que tenha como objetivo preservar a vida desses profissionais”, pontua a presidente.
CAPACITAÇÃO AMPLIADA
Uma nova turma do curso deve ser aberta em setembro, com o objetivo de capacitar mais policiais. No entanto, a nova edição deve ser realizada pela Força Nacional e não pelo Ministério da Justiça.
